sexta-feira, 30 de março de 2012

A Pesca Maravilhosa


Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Disseram-lhe eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam. (João 21:3)

Após anos andando com Jesus, ouvindo suas palavras, vendo seus milagres, participando de outros tantos e sendo testemunha do poder de Deus, Pedro resolve voltar a fazer o que fazia antes de conhecer Jesus.
Muito já se pregou sobre voltar à velha vida, mas não é sobre isso que quero falar nessa noite.
O que quero enfatizar é que Pedro, o discípulo que mais era ousado, foi o único que saiu do barco para caminhar sobre as águas em outra ocasião. Pedro decidira voltar a pescar.
Essa atitude nos revela algo mais profundo que simplesmente voltar aos rudimentos de uma vida antes da fé em Cristo.
Pedro ao decidir voltar à prática da pescaria está dizendo aos seus amigos: “Olhem! Eu decidi cuidar da minha vida, pois Jesus já apareceu por duas vezes e disse que voltaria para o céu. Então alguém tem que cuidar de nós. Eu tenho família para sustentar. Precisamos de dinheiro, de roupas, de alimentos. Vou fazer aquilo que eu sei fazer. Eu sei pescar e é isso que eu vou fazer”.
Imediatamente os outros que estavam com ele foram influenciados pelas palavras e atitude de Pedro e fizeram o mesmo.
Essa atitude revela a necessidade ou a vontade de Pedro voltar a cuidar da sua vida conforme sempre havia feito, ou seja, com suas próprias forças e ao seu modo. “Eu sei pescar e é isso que eu vou fazer!”
Muitas vezes, quando Jesus parece estar ausente nos sentimos tentados a resolver a situação do nosso modo, do nosso jeito.
“Quer saber de uma coisa! Já orei, já jejuei e parece que nada está funcionando, então vou resolver do meu jeito.” “Eu vou pescar”.
Mas naquela noite nada apanharam.
Do nosso jeito não há frutificação, não há resultados positivos. Quando agimos conforme nossas próprias forças, não somos bem sucedidos, antes fracassamos diante de Deus.
Na manhã seguinte Jesus se apresenta na praia, mas o discernimento espiritual daquele grupo estava prejudicado depois de uma noite inteira de lutas e frustrações. Ninguém havia reconhecido Jesus. Mas Jesus nunca os esquecera.
Jesus os chama de filhos e pergunta qual foi o resultado da pescaria: Tendes alguma coisa de comer? Eles foram curtos e grossos: "Não!"
“Vocês não trabalharam a noite inteira? Vocês não são profissionais nessa área. Esse assunto não é especialidade de vocês? Como podem não produzirem um resultado proveitoso?”
Quando perdemos a visão espiritual, quando não estamos alinhados com Deus, quando nosso coração não está em sintonia com o Pai, perdemos também nossa referência espiritual que é JESUS.
Agora consigo entender a passagem da figueira seca. Jesus passa por ela e deseja colher os frutos, ou pelo menos um que seja bom para saciar sua fome. Não encontrando amaldiçoa a árvore e ela seca.
Jesus não vai amaldiçoar você ou eu, pois ele nos ama. Ele nos amou. Mas ele vai cobrar uma atitude mais positiva, com mais resultado.
Jesus ensina seus discípulos a pescar. Parece ironia, mas alguém que nunca foi pescador está dando uma dica quente de como conseguir uma pesca maravilhosa. Jesus disse: “Lançai a rede do lado direito do barco”. Poderia ter dito do lado esquerdo, podia ter dito para lançar na frente do barco ou podia ter dito para lançar na parte traseira do barco. Isso não importa, o que importa é que eles obedeceram.
Quando obedecemos à voz de Deus o milagre começa a acontecer em nossa vida.
A obediência gera bons frutos. E frutos em abundância. A obediência é o princípio da Bênção!
Quando lançaram a rede, mal podiam recolhê-la de tão pesada e cheia de grandes peixes. A fartura de peixes nos mostra que nosso Deus é riquíssimo em bênçãos e não é miserável, mas abundante.
Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, mediante seu poder que atua em nós! (Efésios 3:20)
Agora sim, após um milagre, após uma manifestação maravilhosa, logo percebemos quem é que está agindo. Agora Jesus é presente em minha vida. Agora damos graças e bendizemos o seu santo nome. Oras, mas antes mesmo do milagre acontecer Jesus já estava lá observando o trabalho dos discípulos.
Jesus está sempre ao nosso lado. Ele está sempre de olho em o que estamos fazendo, e como estamos fazendo. Jesus está esperando resultados, mas o resultado só virá quando convidarmos Jesus a participar de forma ativa e principal dos nossos projetos. Quando é Jesus quem dá as ordens, as coordenadas não há margem para erros. O sucesso é inevitável.
Pedro novamente recobra a ousadia e a alegria de saber que o mestre estava com ele novamente.
Como bálsamo que refrigera o corpo assim é a presença de Jesus um refrigério para nossa alma.
Pedro não se contenta em voltar de barco, mas pula no mar e nada cerca de 90 metros até a praia. Só para estar lado a lado novamente com Jesus.
Quando os outros discípulos chegaram à praia já encontraram peixe e pão sobre brasas.
Sabemos que esses símbolos representam o cuidado de Deus para conosco, mas o que quero focar agora é que além de sustento, do cuidado, da unção existe algo tão importante quanto todo o resto: O prazer da companhia de Jesus na comemoração da vitória!
Muitos vêm até a igreja e participam de campanhas, fazem votos, ofertas de sacrifício. Lutam e conseguem a bênção, o milagre chega, a vitória acontece, mas depois disso se vão e não voltam mais.
O seu milagre vai chegar. Aquilo que você pediu vai receber, para alguns hoje mesmo, para outros ao amanhecer, mas todos nós vamos receber as bênçãos e quando isso acontecer vá ao encontro de Jesus e comemore com ele a sua vitória. Jesus convida: Vinde, comei. Participe comigo da tua alegria.
Então virá o aprendizado. Jesus vai fazer da sua alegria, da sua vitória mais uma lição de vida.
Jesus se dirige a Pedro e pergunta: Pedro, tu me amas mais do estes? Pedro responde que sim, então Jesus completa: Apascenta os meus cordeiros. Pedro nunca mais influencie minhas ovelhas a tentarem se virar sozinhas. A partir de hoje você deve influenciar as pessoas buscarem em mim a vitória. Elas devem aprender que sou eu quem determina a bênção e a vitória.
Apascentar as ovelhas é conduzi-las de forma ordenada, calma, porém constante até Jesus, o bom pastor. Apascentar as ovelhas é evangelizar com exemplos é percorrer todo o caminho junto com as ovelhas, guiando-as pela experiência de uma vida cristã.